PENSE NISSO !

PENSE NISSO !
Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem, ou sua religião.Para odiar, as pessoas precisam aprender.E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.

Ao nascer, recebemos um jardim para cuidar, já com muitas sementes, que nos cabe apenas regar, cuidando com carinho de cada canteiro. No canteiro do Amor, nascem os mais belos sentimentos, como a solidariedade, o afeto, a ternura e uma linda flor vermelha, chamada de paixão. No canteiro da esperança, nascem os sonhos, a perseverança, os desejos da alma, que bem regados, rendem muitos frutos, chamados de "realizações". No canteiro da alegria, flores lindas que sorriem para a vida, são conhecidas como "motivação", "boa vontade" e "persistência", sendo fundamentais para a continuidade do nosso jardim. Mais ao fundo, um canteiro impressiona pela altura das flores, é o canteiro da fé, regado com orações e atitudes regeneradoras, sobem até o céu, e muitas das flores tocam os pés dos anjos, que tudo ouvem nas nossas plantações. Muitos cuidam do canteiro com trabalho incessante, vigiando os pensamentos, regando constantemente o amor, a alegria e a esperança, sempre com desejo sincero de mudar para melhor. Assim, as flores crescem sempre fortes, lindas e mesmo diante das tempestades, próprias da vida, resistem ao tempo e as dificuldades, tornando-se cada vez mais belas. Outros, um pouco menos cuidadosos, se perdem em lamentações, gastando o precioso tempo em divagações. Pensam nas plantas que poderiam ter e não tem, naquelas que já tiveram e perderam, nas belas plantas do vizinho, e vão se descuidando do jardim, deixando as ervas daninhas tomarem conta dos canteiros. Assim, plantas destruidoras como o ódio, a inveja, a calúnia, a preguiça, o desrespeito entre outras pragas, vão tomando o lugar das flores da vida, das sementes que recebemos ao nascer, e vamos nos tornando pessoas amargas, insensíveis, amarguradas, tristes e doentes. O jardim da vida são os seus pensamentos, o regador seus sentimentos e a semente, a fé. O jardineiro é você, a terra, a própria vida, a água é Deus, fonte de toda a vida, que espera que seu jardim não seja apenas florido, mas que dele nasçam frutos perenes, e que um dia, você vire semente eterna do bem. Sendo assim, onde você estiver vai atrair pássaros e vida, vai levar alegria e paz, conforto e esperança, pois em você, a semente de Deus germinou, deu frutos e criou raízes profundas. Seja você, o próprio jardim de Deus, cuide dos seus canteiros, regue todos os dias com amor, esperança e fé. Eu acredito em você. ( Autoria: Paulo Roberto Gaefke )

6 de março de 2009


* HOMENAGEM À TODAS AS MULHERES *

Ser mulher...
É viver mil vezes em apenas uma vida.
É lutar por causas perdidas e
sempre sair vencedora.
É estar antes do ontem e depois do amanhã.
É desconhecer a palavra recompensa
apesar dos seus atos.


Ser mulher...
É caminhar na dúvida cheia de certezas.
É correr atrás das nuvens num dia de sol.
É alcançar o sol num dia de chuva.


Ser mulher...
É chorar de alegria e muitas vezes
sorrir com tristeza.
É acreditar quando ninguém mais acredita.
É cancelar sonhos em prol de terceiros.
É esperar quando ninguém mais espera.


Ser mulher...
É identificar um sorriso triste e uma lágrima falsa.
É ser enganada, e sempre dar mais uma chance.
É cair no fundo do poço, e emergir sem ajuda.


Ser mulher...
É estar em mil lugares de uma só vez.
É fazer mil papeis ao mesmo tempo.
É ser forte e fingir que é frágil...
Pra ter um carinho.


Ser mulher...
É se perder em palavras e
depois perceber que se encontrou nelas.
É distribuir emoções
que nem sempre são captadas.


Ser mulher...
É comprar, emprestar, alugar,
vender sentimentos, mas jamais dever.
É construir castelos na areia,
ve-los desmoronados pelas águas.
E ainda assim amá-los.


Ser mulher...
É saber dar o perdão...
É tentar recuperar o irrecuperável.
É entender o que ninguém mais conseguiu desvendar.


Ser mulher...
É estender a mão a quem ainda não pediu.
É doar o que ainda não foi solicitado.


Ser mulher...
É não ter vergonha de chorar por amor.
É saber a hora certa do fim.
É esperar sempre por um recomeço.


Ser mulher...
É ter a arrogância de viver
apesar dos dissabores,
das desilusões, das traições e
das decepções.


Ser mulher...
É ser mãe dos seus filhos...
Dos filhos de outros.
É amá-los igualmente.


Ser mulher...
É ter confiança no amanhã e
aceitação pelo ontem.
É desbravar caminhos difíceis
em instantes inoportunos.
E fincar a bandeira da conquista.


Ser mulher...
É entender as fases da lua
por ter suas próprias fases.





Conclusões de Aninha !




Estavam ali parados. Marido e mulher.
Esperavam o carro. E foi que veio aquela da roça
tímida, humilde, sofrida.
Contou que o fogo, lá longe, tinha queimado seu rancho,
e tudo que tinha dentro.
Estava ali no comércio pedindo um auxílio para levantar
novo rancho e comprar suas pobrezinhas.

O homem ouviu. Abriu a carteira tirou uma cédula,
entregou sem palavra.
A mulher ouviu. Perguntou, indagou, especulou, aconselhou,
se comoveu e disse que Nossa Senhora havia de ajudar
E não abriu a bolsa.
Qual dos dois ajudou mais?

Donde se infere que o homem ajuda sem participar
e a mulher participa sem ajudar.
Da mesma forma aquela sentença:
"A quem te pedir um peixe, dá uma vara de pescar."
Pensando bem, não só a vara de pescar, também a linhada,
o anzol, a chumbada, a isca, apontar um poço piscoso
e ensinar a paciência do pescador.
Você faria isso, Leitor?
Antes que tudo isso se fizesse
o desvalido não morreria de fome?
Conclusão:
Na prática, a teoria é outra.

( CORA CORALINA )


( AQUI UM POUCO SOBRE CORA CORALINA) * GOSTO MUITO DE SUAS POESIAS *


Cora Coralina (Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas), 20/08/1889 — 10/04/1985, é a grande poetisa do Estado de Goiás. Em 1903 já escrevia poemas sobre seu cotidiano, tendo criado, juntamente com duas amigas, em 1908, o jornal de poemas femininos "A Rosa". Em 1910, seu primeiro conto, "Tragédia na Roça", é publicado no "Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás", já com o pseudônimo de Cora Coralina. Em 1911 conhece o advogado divorciado Cantídio Tolentino Brêtas, com quem foge. Vai para Jaboticabal (SP), onde nascem seus seis filhos: Paraguaçu, Enéias, Cantídio, Jacintha, Ísis e Vicência. Seu marido a proíbe de integrar-se à Semana de Arte Moderna, a convite de Monteiro Lobato, em 1922. Em 1928 muda-se para São Paulo (SP). Em 1934, torna-se vendedora de livros da editora José Olimpio que, em 1965, lança seu primeiro livro, "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais". Em 1976, é lançado "Meu Livro de Cordel", pela editora Cultura Goiana. Em 1980, Carlos Drummond de Andrade, como era de seu feitio, após ler alguns escritos da autora, manda-lhe uma carta elogiando seu trabalho, a qual, ao ser divulgada, desperta o interesse do público leitor e a faz ficar conhecida em todo o Brasil.





BOM DIA !



Coroai-me de rosas,
Coroai-me em verdade,
De rosas —

Rosas que se apagam
Em fronte a apagar-se
Tão cedo!

Coroai-me de rosas
E de folhas breves.
E basta.

( Ricardo Reis )

5 de março de 2009




** FLORES **
Titãs
Composição: Tony Bellotto / Sérgio Britto / Charles Gavin / Paulo Miklos

Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo

A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem

Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo

A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem



As Duas Rosas

Castro Alves





São duas rosas unidas,
São duas flores nascidas
Talvez no mesmo arrebol.
Vivendo no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.





Vivendo... bem como as penas
Das duas asas pequenas
De um passarinho no céu.
Como um casal de rolinhas
como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.







Vivendo, bem como os prantos
Que em parelhas descem tantos
Das profundezas do olhar.
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.






Vivendo... ai, quem pudera,
Numa eterna primavera,
Viver qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor.As Duas Rosas

Castro Alves


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São duas rosas unidas,
São duas flores nascidas
Talvez no mesmo arrebol.
Vivendo no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.


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Vivendo... bem como as penas
Das duas asas pequenas
De um passarinho no céu.
Como um casal de rolinhas
como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.


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Vivendo, bem como os prantos
Que em parelhas descem tantos
Das profundezas do olhar.
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.


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Vivendo... ai, quem pudera,
Numa eterna primavera,
Viver qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor.


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